segunda-feira, 9 de maio de 2011

MÁSCARAS


Depus a Máscara

Depus a máscara e vi-me ao espelho. — 
Era a criança de há quantos anos.
Não tinha mudado nada...
É essa a vantagem de saber tirar a máscara.
É-se sempre a criança,
O passado que foi
A criança.
Depus a máscara, e tornei a pô-la.
Assim é melhor, 
 Assim sem a máscara. 
E volto à personalidade como a um términus de linha.
(Álvaro de Campos)

"Não existe nenhuma atividade humana onde não esteja implicada uma máscara (...). No uso concreto da máscara produz-se imediatamente um efeito de desmascaramento, de desestruturação. Uma conexão com outros aspectos, personagens, papéis. É importante que se permita o jogo com esse outro.  Trata-se de gerar espaços, matrizes imaginárias, para que esses aspectos rechaçados ou reprimidos possam ter lugar...". 

(Mário Buchbinder)

O sol em flor

Alternância de eus