GRUPO IMPROVISE SE APRESENTA EM CAMPINAS NA COMEMORAÇÃO DE UM ANO DO PSICODRAMA PÚBLICO
O Grupo Improvise, especializado na técnica de Teatro de Reprise (diretor, ego-atores, músicos e plateia ligam-se pela espontaneidade e versatilidade e histórias reais são recriadas e encenadas de improviso), foi convidado pelo Grupo de Psicodrama e Psicoterapia de Grupo de Campinas (IPPGC) para se apresentar em Campinas na comemoração a um ano de atividades do Psicodrama Público. O tema disparador da apresentação será: O primeiro ano de bons projetos.
A Associação Campineira de Imprensa tem sido importante parceira desse projeto ao ceder suas instalações para as intervenções. A associação fica na Rua Barreto Leme, 1749, Centro, Campinas.
A apresentação do Grupo Improvise ocorrerá no dia 03/02, das 19h às 21h.
O grupo Improvise será representado por: Rosane Rodrigues (direção); Beatriz Petrilli, Eduardo Coutinho, Gisele Jorgetti, Janaína Barea, Luciana Souza, Ricardo Lemos e Rina Nemenz (ego-atores); Marquinhos Negrão (música).
O Psicodrama Público de Campinas foi inspirado nas atividades realizadas no Centro Cultural São Paulo. O Psicodrama Público do CCSP acontece desde 2003 e tem o objetivo de "criar espaços públicos que possam acolher diferentes subjetividades, onde seja possível a troca de idéias, valores e experiências de vida através da construção coletiva de histórias dramatizadas. Nesses encontros os participantes podem experimentar serem ator e autor de suas próprias histórias, com sentidos individuais e coletivos. Como é o habitual, não há tema ou "script" pré-fixado. Com responsabilidade e preocupação ética, e muita criatividade coletiva e espontaneidade, o trabalho visa colocar no palco questões trazidas pelas pessoas presentes, como situações institucionais, grupais, familiares, da cidade e de seus moradores, vividas em nosso dia-a-dia."
Para saber mais sobre o Grupo Improvise: www.grupoimprovise.com.br
Sobre o Grupo de Psicodrama e Psicoterapia de Grupo de Campinas: www.ippgc.org.br
Sobre o Psocodrama Público do CCSP: psicodramaccsp.wordpress.com ou
www.centrocultural.sp.gov.br/saiba_mais/oficinas_psicodrama_materia.asp
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
domingo, 9 de janeiro de 2011
ENCONTROS: MARIO BUCHBINDER E BUENOS AIRES
Há encontros que mexem com a gente e parece que o Universo se encarrega de fazer com que eles aconteçam novamente. Foi assim com Mario Buchbinder. Como já relatei aqui, tive a oportunidade de conhecê-lo no Congresso Internacional de Psicodrama e eis que, meses depois, volto a revê-lo em seu espaço, o Instituto de La Máscara. Um encontro breve, mas que me alimentou.
Acho que é o verbo perfeito para
descrever meu encontro com Buenos Aires.
Pude me alimentar de novas cores, lugares, arte, cultura, gestos, movimentos...
Instituto de La Máscara, espaço de muita vida, trabalho e pesquisa:
"Não existe nenhuma atividade humana onde não esteja implicada uma máscara (...). No uso concreto da máscara produz-se imediatamente um efeito de desmascaramento, de desestruturação. Uma conexão com outros aspectos, personagens, papéis. É importante que se permita o jogo com esse outro. Trata-se de gerar espaços, matrizes imaginárias, para que esses aspectos rechaçados ou reprimidos possam ter lugar...".
O pós-dramático em Buchbinder: "Estampas [espetáculo que estreou em 1989] se transformou em um gênero. Esses textos são estampas intercambiáveis de tal modo que se alguém destacasse uma página poderia encontrar um texto, e logo outro, e em seguida encontrar ilustrações do século XX e logo outra, da Idade Média. Da mesma forma, com a música, em que de um lado tenho Gardel e, de outro, tenho Beethoven e Charly Garcia. Qual seria a coerência desse conjunto? A do conjunto e da collage. A imagem de uma Bíblia interminável de Borges no Livro de Areia aproxima-se da imagem dessa estética. As máscaras usadas na desestruturação também questionam um tipo de coerência e apresentam outra, a da desestruturação que permite jogar com outras harmonias (...). Essa poética exige (...) um espectador que aceite essa estética no teatro como a aceita (...) na vida. Por exemplo, quando seus pensamentos vagam livremente e você pensa em coisas totalmente diversas. Assim, em uma situação de alegria, você pode estar pensando em algo triste etc. Ou quem está olhando pela janela de um ônibus e vai se defrontando com cenas totalmente diversas, e não lhe parece estranho que assim aconteça no cotidiano. (...) A beleza nessa poética relaciona-se com o poder entrar em harmonia com essa heterogeneidade. É outra harmonia. Relaciona-se com a simultaneidade de cenas que exige outra lógica, além da de causa e efeito, para poder ser compreendida."
O pós-dramático em Buchbinder: "Estampas [espetáculo que estreou em 1989] se transformou em um gênero. Esses textos são estampas intercambiáveis de tal modo que se alguém destacasse uma página poderia encontrar um texto, e logo outro, e em seguida encontrar ilustrações do século XX e logo outra, da Idade Média. Da mesma forma, com a música, em que de um lado tenho Gardel e, de outro, tenho Beethoven e Charly Garcia. Qual seria a coerência desse conjunto? A do conjunto e da collage. A imagem de uma Bíblia interminável de Borges no Livro de Areia aproxima-se da imagem dessa estética. As máscaras usadas na desestruturação também questionam um tipo de coerência e apresentam outra, a da desestruturação que permite jogar com outras harmonias (...). Essa poética exige (...) um espectador que aceite essa estética no teatro como a aceita (...) na vida. Por exemplo, quando seus pensamentos vagam livremente e você pensa em coisas totalmente diversas. Assim, em uma situação de alegria, você pode estar pensando em algo triste etc. Ou quem está olhando pela janela de um ônibus e vai se defrontando com cenas totalmente diversas, e não lhe parece estranho que assim aconteça no cotidiano. (...) A beleza nessa poética relaciona-se com o poder entrar em harmonia com essa heterogeneidade. É outra harmonia. Relaciona-se com a simultaneidade de cenas que exige outra lógica, além da de causa e efeito, para poder ser compreendida."
Mario Buchbinder em A poética do desmascaramento.
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